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MINICURSOS

Escrita Negra Feminina no Cânone e Exclusão no Cenário Nacional

Profª. Msª. Jéssica Catharine Barbosa de Carvalho (UFPI/ CLV-IFARADÁ)

Profª. Msª. Ella Ferreira Bispo (IFPI)

Tem emergido no cenário da crítica literária atual os conceitos de literatura negra brasileira / afro-brasileira / negro-brasileira, entre outros; como também tem crescido as produções literárias de escritoras/es que identificam suas obras no âmbito contemplado por esses conceitos, sendo variadas as discussões empreendidas em torno das concepções sobre cada um deles e sobre as literaturas produzidas, dado o potencial de alcance desses textos aos leitores contemporâneos. Tendo isso em vista, propomos reflexões acerca das características dessas literaturas, bem como buscamos empreender discussões acerca do cânone literário nacional como espaço de poder e disputa. Para isso, analisamos obras de duas escritoras, Maria Firmina dos Reis, escritora maranhense do século XIX, e Ana Maria Gonçalves, escritora contemporânea. As obras das duas escritoras possibilitam análises acerca das características dessas literaturas, como também permitem a identificação das possibilidades de publicação e atuação na imprensa, seja no cenário do século XIX, seja atualmente, abordando questões atinentes à escrita feminina e presença da personagem negra na literatura nacional. Para o desenvolvimento das análises trabalhamos com textos de bell hooks (1995), Regina Dalcastagné (2012), Conceição Evaristo (2009), Djamila Rimeiro (2017), Eduardo de Assis Duarte (2014), Cuti (2010), entre outros. 

Do Caos à Reordenação do Mundo: a Narrativa Distópica em As Intermitências da Morte, de José Saramago 

Profª. Msa. Carolina de Aquino Gomes (UFPI/UFC)

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A frase inicial de As intermitências da morte, “no dia seguinte ninguém morreu”, conduz o leitor a um universo ficcionalem que a morte suspende suas atividades, como em protesto pela sua valorização. A morte faz o homem experimen-tar o caos através da desconstrução de estruturas sociais estratificadas e dependentes da morte. Os setores vão um a um temendo seu futuro e se reajustando à nova ordem. Nesta narrativa distópica, a morte instala o caos para depois  reordenar a sociedade, criando uma tensão entre a inserção do sobrenatural na narrativa, ao mesmo tempo em que  confronta o texto literário ao pensamento filosófico e cultural diante da morte, instaurando uma reflexão sobre a  interdição da morte na contemporaneidade. A partir de uma visão pessimista sobre a natureza humana, Saramago  confronta o homem contemporâneo com o seu desejo de imortalidade, que, porventura, torna-se o seu pesadelo, evidenciando suas as contradições políticas e sociais. Propõe-se neste estudo trazer à luz discussões a respeito do homem contemporâneo diante da morte, a partir desta narrativa de José Saramago que enseja um tom pessimista e profético, enfatizando as implicações políticas em uma sociedade do consumo que negligencia a morte e o morrer.  

Abre a Rodinha: Gênero, Sexualidade e Literatura

Profª.Msª. Sara Regina de Oliveira Lima

Esta oficina é uma proposta de diálogos e descobertas, a fim de pensarmos e problematizamos sobre gênero e sexualidade na literatura infantojuvenil, como dispositivo para sala de aula. Partiremos do suporte a respeito do gênero e sexualidade, e posteriormente, do papel que a literatura pode desempenhar ao abordar estas temáticas ainda tão a margem das discussões feitas no âmbito escolar e acadêmico. O convite, aos que participarão da oficina, consiste em percebermos como estas leituras podem contribuir para sociedade com o olhar mais amplo frente às subjetividades dos sujeitos e, consequentemente, para o convívio social, familiar, escolar e acadêmico menos excludente. Nossa discussão será guiada por meio de discussões teóricas sobre gênero, sexualidade, tomando como base teóricos como Foucault, Butler, Louro, Preciado, dentre outros, e consequentemente, da leitura e análise de literaturas. Ademais, voltaremos nosso olhar, ainda que de forma breve, para outras obras e sugestões de leituras. Esta viagem literária nos permitirá ser afetados pela literatura infantojuvenil, e poderá nos possibilitar novos posicionamentos frente aos sujeitos subalternos, que sofrem violências por conta de preconceitos. Assim, esta proposta é um desafio que poderá nos permitir pensar a fluidez das temáticas propostas, a fluidez do SER.

Gênero e Identidade na Contistica de Conceição Evaristo e Cristiane Sobral

Profª. Msª. Maria do Desterro da Conceição Silva (UFPI/ÌFARADÁ)

Profª. Mestranda Cleide Silva de Oliveira (UFPI-PPGEL/ÌFARADÁ)

 

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Conceição Evaristo e Cristiane Sobral são ficcionistas e teóricas que se propõem a discutir sobre problemáticas que atingem diretamente e/ou indiretamente a população negra. Dentre as perspectivas discutidas por Evaristo e Sobral, a escrevivência da mulher negra, numa sociedade racista, sexista e classista perpassa seus contos, romances, poesias e teorias. Escrever a vivência de mulheres que resistem desde os porões dos navios negreiros até a atualidade, seja nas vielas das favelas, nas ruas, no trabalho e no transporte público são temáticas presentes em Becos da memória, Ponciá Vicêncio, Olhos d’água, etc. Em Sobral, as protagonistas negras constroem suas identidades de maneira processual, passando por autonegação, consciência de si e empoderamento social. São personagens que denunciam a ideia de branqueamento, combatem os estereótipos e demonstram afirmação identitária mesmo expostas ao preconceito racial. Cristiane Sobral imprime resistência através de suas personagens e também quando combate a violência epistêmica na qual sujeitas negras intelectuais estão submetidas. É contista, poeta e autora de: Só por hoje vou deixar meu cabelo em paz, Não vou mais lavar os pratos, O tapete voador, dentre outras. No entanto, neste minicurso, temos como objetivo principal analisar ficções de Evaristo e de Sobral a partir de perspectivas teóricas sobre gênero e identidade, abordando as possibilidades de diálogos entre as obras e as teorias discutidas. O embasamento teórico será a partir de problemáticas relacionadas ao gênero, abordadas por Scott (1989); uma breve discussão sobre feminismo negro, a partir de feministas negras como Collins (2015; 2016), Ribeiro (2017) e os aportes acerca das construções identitárias: Glissant (2005), Hall (2015), Mbembe (2014).

OFICINAS

Oficina de Kizomba

Profa. Ermenegilda Alves Ribeiro (UFPI)

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Kizomba é um gênero musical de dança originada de Angola. O termo "Kizomba" provem da expressão linguística Kimbunda que significa " festa". Kizomba como dança nasceu nos anos 80 em Luanda, após grandes influência musical do Zouk" , que vem do semba. É relevante dizem que as grandes festas entre amigos já vieram chamadas de "Kizombadas" nos anos 60" visto q nessa altura não existia Kizomba como dança ou gênero musical. Já nos anos 50/60 as pessoas dançavam semba e outras danças tradicionais em Angola. Eram dança das também muitos outros continentes, visto q Angola e o restante da Afica receberam a influência de muitas outras culturas após a colonização em África por volta do século XIV e XV. Isso resultou numa fusão entre os ritmos africanos como uma forma de dança em pares importado da sociedade europeia. Estas influências europeias justamente com influência que vieram da America do Sul, como por exemplo Argentina e Cuba (Tango e Merengue), alteraram a forma como as pessoas dançavam nas " Kizomba". Hoje em dia, além de ser externamente popular em Angola, Cabo Verde e Portugal, o Kizomba tem de espalhado para países como França, Espanha,  Inglaterra, Polônia, Dinamarca, Finlândia, Bélgica, Suécia, Sérvia, Canadá e os EUA. Kizomba é uma dança q permite ao par interpreta a música à qual estão a dança e de acordo com a intimidade do casal, torna-se uma dança extremamente próxima com movimentos lentos e sensuais,  requerendo grandes habilidade entre homem e mulher, ou uma dança mais aberta com passos mais rápidos, trabalho de pés e truques. Em ambos os casos dançar Kizomba providência uma experiência quente e única q irás querer repetir uma ou outras vez.

Profa. Jeovania da Costa Vilarinho (UFPI)

Prof. Francisco Elismar da Silva Junior (UFPI)

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Depois de consolidada a tendência de assumir as raízes naturais dos nossos cabelos, o turbante é mais uma forma de exaltar nossas origens e respeitar nossa ancestralidade. Assim, a oficina de turbantes propõe estabelecer um diálogo com essa identidade racial, promovendo a auto-estima, reafirmação da cultura negra e a prática da criação e uso desse adorno.

Oficina de Teatro - Consciência Corporal: o Corpo Presente na Cena

Oficina de Turbantes e Penteados Afros

Profª. Téc. Angélica Araújo (Escola Técnica Estadual de Teatro Prof. Gomes Campos.)

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Esta oficina objetiva explorar a possibilidade de movimentos do corpo, seu controle e expressão. É através desta exploração que iremos conhecer nosso corpo. A consciência corporal nos dá um controle maior sobre nossas possibilidades de movimentar-se. Conhecendo nossos limites estaremos em alerta para defendermo-nos do desconforto.  A proposta da oficina é fomentar os participantes a ter este controle sobre suas emoções. Desenvolvendo a cumplicidade com o outro ou com o coletivo, é possível através do corpo que as ideias, conhecimentos e sentimentos se expressem verdadeiramente, pois proporciona também, mais conhecimento e apresenta vivências ligadas ao mundo do teatro, difundindo a arte dramática no contexto cultural e social. Destemodo, o corpo consciente de sua movimentação estará presente na cena, e entenda-se cena, como o momento do estar ocupando um determinado espaço em que o corpo se expresse. Visando atingir a espontaneidade em seus participantes, atrizes, atores ou outros profissionais, a oficina utiliza-se da improvisação através de um tema ou uma cena em que acontece a desconstrução verbal, a intenção gestual e corporal para a comunicação da mensagem. Os métodos utilizados nos jogos teatrais são de Viola Spolin, destacando foco, instrução e avaliação para colocar o jogo em movimento. Por fim, buscar dentro das técnicas e jogos teatrais de improviso, trabalhar a imaginação, percepção, emoção, intuição, memória e raciocínio.

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Oficina de Bolero

Profª. Nayara Cristiany Sousa de Melo

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E quem não gosta de dançar? De sentir a energia e a paz que uma boa dança traz? E o Bolero! O que dizer do Bolero! Um ritmo dentro da Dança de Salão com músicas românticas e sensuais, onde sempre lhe convida a dançar e sonhar. Envolvido em mistério desde a sua origem, o bolero é hoje em dia um dos sons mais apreciados por casais românticos e é um dos ritmos mais procurados e dançados em salões de baile. A origem dessa dança ainda é um mistério, porém, segundo alguns historiadores o bolero teria tido origem na Europa, em Espanha, durante o período do domínio árabe, no século X, e ter sido depois levado para a América, em especial Cuba, aonde se teria misturado com ritmos africanos. Dentro dessa tendência encontram-se menções a um dançarino de nome Sebastian Lorenzo Cerezo que teria sido o primeiro criador de uma nova dança chamada bolero. Chegado ao Brasil o bolero encontrou aceitação quase imediata e depressa se mesclou com os ritmos quentes africanos e com o samba, adquirindo uma nova vertente muito brasileira de ser cantado e dançado. Em suas letras vamos encontrar temas de amor-ódio, felicidade-êxtase, incerteza-desespero. Desse modo, o objetivo desta oficina consiste em lhes apresentar esse ritmo tão envolvente e culturalmente rico. 

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